sexta-feira, 30 de abril de 2010

Os maiores consumidores de energia em São Paulo

No Estado de São Paulo, os municípios com maior consumo de energia elétrica em 2008 foram São Paulo, Alumínio, Cubatão, Santo André e Guarulhos, segundo o Balanço Energético do Estado de São Paulo e o Anuário Estatístico de Energéticos por Município no Estado de São Paulo divulgado há pouco pela administração estadual.

Já os maiores consumidores de gás natural foram São Paulo, Cubatão, Santo André, Paulínia e Mogi-Guaçu. O consumo de álcool hidratado foi liderado por São Paulo, seguido de Campinas, Ribeirão Preto, Guarulhos e São José dos Campos. Já os derivados de petróleo foram mais consumidos por São Paulo, Guarulhos, Cubatão, Campinas e Paulínia.

De acordo com a secretária estadual de Energia e Saneamento, Dilma Pena, em 2008, tanto a oferta interna de energia quanto o consumo final energético apresentaram um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Houve expressiva participação de fontes renováveis na oferta (58,1%) e no consumo (57%), com destaques para a cana de açúcar (38% e 37%, respectivamente) e hidráulica e eletricidade (16,4% e 17%).

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Via Twitter, Serra dá parabéns a Lula

José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, elogiou em 140 caracteres a escolha do presidente Lula (PT) como um dos líderes mais influentes do planeta em 2010 pela revista "Time". "Parabéns ao presidente Lula, escolhido líder do ano pela revista americana Time. É bom para o Brasil", escreveu Serra em seu twitter.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Indenização de R$ 100 mil pelo título mundial de futebol

Ex-soldados que lutaram na Segunda Guerra Mundial, ex-presos políticos e agora o governo federal quer pagar indenização aos ex-jogadores de futebol que se consagraram ganhando os títulos mundiais para o Brasil em 1958, 1962 e 1970. Essa aposentadoria para o ex-atletas, entre eles o rei Pelé, pagará R$ 100 mil de uma vez e manterá benefício mensal no valor máximo hoje da Previdência - R$ 3.218,90 - até o fim da vida. São 37 os beneficiados, segundo o Ministério do Esporte, sendo 12 que disputaram e ganharam a Copa de 1958, cinco de 1962 e outros 20 do tri no México, em 1970. Você acha correto o pagamento dessa indenização?

Vejam o que Tostão, ex-jogador, campeão mundial, médico e hoje comentarista esportivo já escreveu sobre essa "bolsa-campeão":

"Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia. O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época.."

O texto da proposta está em última análise hoje na Casa Civil. Só que não sabem se será um decreto presidencial ou uma medida provisória. Cogita-se até mesmo um projeto de lei. Definido mesmo é que haverá o pagamento.

Atualizado às 14h20 de 28 de abril

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pista nova, problema velho na Marginal Tietê

Pelo menos por enquanto, a nova pista da Marginal do Tietê está resistindo aos congestionamentos e contrariando as previsões de muitos de que os ganhos nos tempos das viagens seriam perdidos ainda no primeiro mês de circulação. Por outro lado, o investimento de R$ 1,3 bilhão não foi capaz de deixar a nova pista imune a um dos principais problemas da cidade: os alagamentos. As chuvas da tarde desta sexta-feira deixaram dois pontos de alagamento na pista, no sentido da Rodovia Castelo Branco. Ambos eram transitáveis. Mas os motoristas enfrentaram problemas na altura das Pontes Júlio de Mesquita Neto e da Vila Maria.

Parte do lixo contaminado da Nuclemon foi para aterro em Perus

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo que em 1991 apurou responsabilidades da exposição à radiação sofrida pela população paulistana mostra que a Nuclemon Mínero-Química, uma das empresas do programa nuclear brasileiro, depositou lixo químico – torta de fosfato trissódico – por vários anos no Aterro Bandeirantes, em Perus, zona norte da capital. Isso, segundo a CPI, representa risco para trabalhadores no local e à população vizinha. A quantidade enterrada é desconhecida. As atividades da Nuclemon foram absorvidas pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

Para a Cnen, responsável pela fiscalização das instalações nucleares e radioativas no País, não há riscos ao meio ambiente e população em geral, pois há monitoramento dos níveis de radiação periódico das antigas instalações da Nuclemon em Interlagos, zona sul.

A Prefeitura de São Paulo evita falar a respeito desse assunto. Segundo o Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), órgão da administração municipal que gerencia a coleta de lixo na capital, a Nuclemon não consta no cadastro de grandes geradores de resíduos.

O  Aterro Bandeirantes, considerado de classe 2, está apto apenas a receber lixo doméstico, e não pode receber esse tipo de resíduo industrial contaminado. Hoje Aterro Bandeirantes está desativado e gera gás para produção de energia elétrica.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, considera desde novembro de 2001, que o terreno da Usina Santo Amaro (Usam), da Nuclemon, localizada na Rua Princesa Isabel, no Brooklin, está descontaminado e liberado para uso irrestrito. É o que mostra relatório sobre rejeitos radioativos da Cnen.

O mesmo documento aponta que há 325 metros cúbicos de rejeitos radioativos na Usina Interlagos (Usin) armazenados num galpão, na Avenida Miguel Yunes, que deverá ser limpo e vendido, conforme mostrou hoje o jornal Estado e o portal do Estadão. O objetivo da INB é limpar e liberar o terreno de 54 mil metros quadrados em Interlagos, para “uso irrestrito”, o que permitirá uma nova utilização para qualquer tipo de atividade, inclusive o habitacional.

O material contaminado na Usin e na Usina Santo Amaro (Usam) e identificado pela Cnen contém misturas de sulfatos de bário e rádio, sulfeto de chumbo, baritina moída, hidróxido de tório contendo urânio e torta de fosfato trissódico. O depósito mantém 1.154 toneladas de rejeitos radioativos estocados em bombonas plásticas, desde 1998. Na antiga área da Usam houve trabalho de descontaminação e há edifícios habitacionais hoje.

Em Interlagos, a areia com minerais pesados que recobre o terreno é proveniente da Usam, que tinha como matéria-prima areia monazítica extraída das praias do norte do Estado do Rio de Janeiro. Essa areia passava por um processo químico para obtenção de urânio e tório. O que sobrava desse produto monazítico era lançado na ára da fábrica. O material manteve a concentração radioativa em pelo menos cinco pontos do terreno, mas em quantidade que não causaria danos a quem vive ali, segundo a INB.

A Nuclemon foi fechada em 1992. A Usam, uma das unidades da Nuclemon, foi desativada entre 1992 e 1996. A intenção era que os rejeitos da usina fossem levados para uma usina em Caldas (MG), no fim dos anos 90. Itamar Franco, então governador de Minas, proibiu o armazenamento de rejeitos radioativos de outros Estados em território mineiro. O terreno da Usam já foi descontaminado, vendido e hoje abriga prédios.

Veja no post abaixo relato de ex-trabalhador na empresa, aposentado precocemente e que luta na Justiça por indenização.

Contaminação e morte na Nuclemon

[caption id="attachment_1007" align="alignnone" width="400" caption="Foto: Werther Santana/AE"]Foto: Werther Santana/AE[/caption]

Um galpão com pé direito alto, poeira em todo lugar, muito calor. Para o dia a dia, a roupa utilizada pelos operários era a do próprio empregado, que a levava para lavar em casa. Nos pés, chinelos de borracha ou sapatos comuns. O ruído era intenso e muito alto. Equipamentos de proteção individual praticamente não existiam. O trabalho braçal era estafante. Os operários desconheciam o material que manipulavam. Descontaminação? Não existia. Assim era o cotidiano da Nuclemon Mínero-Química, na Avenida Interlagos, zona sul da capital. Hoje, o jornal Estado e o portal Estadão mostraram que foi iniciado, 18 anos depois de sua desativação, a descontaminação de um terreno da estatal nuclear contaminado com material radioativo.
O que os trabalhadores da antiga Nuclemon, hoje absorvida pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), desconheciam é que estavam expostos a substâncias altamente tóxicas e radioativas. A principal matéria-prima utilizada na usina era a monazita, extraída da areia monazítica, rica em urânio e tório. Eram cerca de 700 pessoas, tanto operários como pessoal administrativo. Muitos já morreram, outros tiveram de se aposentar precocemente. São várias as doenças que acometem os ex-funcionários, entre elas a silicose e a incidência de poeira radioativa em seus pulmões.
Hoje, com centenas de pessoas contaminadas, corre na Justiça uma ação com pedido indenizatório dos ex-trabalhadores. “O sistema público de saúde não tem equipamento capaz de medir nossos problemas de radiação”, diz Milton Guadalupe, de 50 anos, aposentado por incapacidade física desde 2004. “Não tenho forças nas pernas. Não consigo subir escada, fico sem forças”, diz.
Guadalupe e cerca de cem outros trabalhadores pedem indenização na Justiça por danos morais. “A gente não era informado sobre a periculosidade do material que era manuseado. Era proibido a gente aprofundar conhecimento sobre o produto. A gente manipulava o produto como se fosse arroz, feijão”, conta.
A luta na Justiça já avançou um pouco. Desde 2008 conseguiram que a INB pagasse um plano de saúde para que pudessem fazer tratamento médico. Mas mesmo com a determinação judicial a empresa inicialmente entregou aos seus ex-empregados um convênio médico que só tinha validade no Rio de Janeiro e Minas gerais, onde estão localizadas unidades da companhia. “O juiz viu o que eles fizeram e determinou que fosse feito um plano em São Paulo. E estamos fazendo tratamento agora”, explica Guadalupe.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Greve dos lixeiros

Os garis e os lixeiros da cidade de São Paulo prometem greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira, dia 27. Eles alegam que o sindicato das empresas não renovou norma coletiva que expirou em fevereiro.

A partir das 6 horas de terça-feira não haverá limpeza urbana na capital: coleta de lixo domiciliar, varrição de ruas, manutenção e serviços complementares (limpeza de feiras, monumentos, praças, etc).

A greve é marcada em período em que as empresas contratadas pela Prefeitura reivindicam reajuste nos contratos. Cada uma das duas concessionárias recebe mensalmente cerca de R$ 25 milhões. O contrato total é de R$ 10 bilhões.

Entrando nos trilhos, ou não

Os últimos dias de abril serão decisivos para o transporte ferroviário no Brasil. O edital para escolher quem vai construir o trem bala São Paulo-Rio-Campinas aguarda parecer do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU) e depois vai para votação em plenário. Mas não há uma data prevista ainda. A expectativa é que a matéria integre a pauta de discussões do dia 28 de abril, próxima quarta-feira. Mas pode demorar mais um pouco, atrasando ainda mais o processo. O prazo regimental do TCU é até 19 de maio.

No Metrô de São Paulo, o consórcio Tração 3, integrado pela Alstom e pela Tejofran, venceu a concorrência que selecionou empresa para elaborar projeto, fornecer e implantar o novo sistema de terceiro trilho da Linha 3-Vermelha (Barra Funda-Corinthians/Itaquera). Esse terceiro trilho é o que alimenta a composição com energia elétrica e fica pouco acima dos trilhos por onde correm os trens, ao contrário das composições da CPTM, que são alimentadas com energia em fiação instalada acima do teto.

Mais três trens da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo chegaram ao Porto de Santos no último dia 17. Foram fabricados da Coreia do Sul. Outros cinco estrão sendo aguardados para os próximos dias e em julho mais oito composições devem chegar ao Brasil. A Linha 4-Amarela ainda está sem data para início de operação. Nessa fase serão abertas as Estações Faria Lima e Paulista, com três composições em uso.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

BID vai financiar parte do Trecho Norte do Rodoanel

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai financiar R$ 2 bilhões que serão investidos na construção do Trecho Norte do Rodoanel. A construção dos 44 quilômetros do ramal, que fechará o anel viário, é estimada em R$ 5,2 bilhões. A diferença de R$ 3,2 bilhões ainda não está definida de onde virá. Deverá contar também com verba federal.

O tramo norte vai ligar o final do Trecho Oeste, na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, ao Leste, passando pela Rodovia Presidente Dutra, em Arujá, e a Ayrton Senna. Também contará com 4 quilômetros de uma ligação com o Aeroporto Internacional de Guarulhos. A construção vai implicar passagens de túneis e pontes pela reserva ambiental da Serra da Cantareira. O Trecho Leste sequer começoua  ser construído. Previsão é de início de obras até o final do ano ou 2011.

A Secretaria Estadual dos Transportes prevê o início das obras do Norte em 2011, com conclusão em 2014, possivelmente antes da Copa do Mundo.

O projeto dos 171 quilômetros desse anel viário é de 1997. Na época, o custo estimado da pista completa era de R$ 2,8 bilhões. Hoje esse valor já subiu 500% e alcança R$ 16,8 bilhões.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Engenheiro diz que não teve detalhes sobre sua demissão

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, responsável pelas obras do Trecho Sul do Rodoanel, ampliação das pistas da Marginal Tietê entre outras, demitido da Dersa na semana passada, enviou há pouco uma carta a este blog. Afirma que desconhece os motivos da exoneração, que foi um bravo tocador de obras e a dispensa foi comunicada a ele pelo secretário dos Transportes, Mauro Arce, como uma decisão de governo, sem maiores detalhes. Veja abaixo cópia da carta:

"A minha exoneração do cargo de Diretor de Engenharia da Dersa e Coordenador do Grupo Gestor das obras de Convênios com a Prefeitura de São Paulo, foi comunicada como decisão de Governo através do Secretário dos Transportes Mauro Arce, sem maiores detalhes.

Pessoalmente creio como protagonista das obras entre 2005 e 2010, tais como, Jacu Pêssego Norte, Parque Antonio Arnaldo de Queiroz e Silva (Parque Jacui), Jacu Pêssego Sul, em fase de conclusão, Marginal Tietê, Estrada Parque (PET – Parque Ecológico do Tietê) atingiu os seguintes objetivos: Prazo previsto,  custos e qualidade  adequados, conforme os melhores padrões internacionais.

Especificamente o Rodoanel Mario Covas Trecho Sul, que é a maior obra rodoviária do País, detém os seguintes resultados:

Prazo:  menor prazo de execução (34 meses) – 1035 dias, reduzida em 14 meses o prazo contratual.

Qualidade: A pavimentação de concreto ou asfalto seguiu padrões internacionais.

Regularidade: Aprovado por todos os órgãos de controladoria do Estado e da Federação, tais como: TCE, MPE, TCU e MPF.

Meio Ambiente: Modelo de exemplo internacional com relação a preservação ambiental.

Reassentamento: O estudo do Banco Mundial sobre política de reassentamento, passou a adotar como referência de modelagem nessa Instituição Internacional.

Aditivo: Menor índice de reajuste de obra pública deste porte no Brasil: 6,72%

Como também por todas as premiações recebidas no decorrer deste trabalho como:

-  Eminente Engenheiro do Ano de 2009.

-  Medalha Cinquentenário do Policiamento Ambiental (2009/2010)

-  Medalha Cinquentenário do Policiamento Rodoviário (2009/2010)

-  Troféu Top Of Business Nacional de Gestão Pública  (2009/2010)

E ter sido um indômito executor de obras, criando um novo Paradigma de execução de Obra Pública no País, por tudo isto não saberia responder a respeito da minha exoneração, porém continuo acreditar em meus sonhos, tornando-os realidade, pensando, falando, escrevendo, assinando, mesmo que para isso eu tenha tido dificuldades. Não há obstáculos que não puderam ser superados e metas que não puderam ser cumpridas. Mas vale a pena verificar a realização e o resultado destes sonhos, para o benefício da população de São Paulo e do Brasil."

Veja no post abaixo a notícia da demissão.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Demitido responsável pela obra do Rodoanel

Paulo Vieira de Souza, diretor de Engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), responsável pelas duas maiores obras em São Paulo – o Trecho Sul do Rodoanel e a ampliação da Marginal do Tietê – foi demitido na última sexta-feira (dia 9). No ano passado, Souza foi eleito Eminente Engenheiro do Ano pelo Instituto de Engenharia. O prêmio foi concedido “por sua excelente gestão dos aspectos institucionais, jurídicos e técnicos na condução de grandes obras governamentais, com brilhantes resultados para a sociedade, administração pública e contratantes.”
Especulações apontam que Souza não tinha bom relacionamento com o governador Alberto Goldman e em seu lugar pode assumir o ex-secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, homem ligado a Goldman. Fala-se também no o ex-secretário estadual dos Transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes. Souza estava na Dersa desde 2005. Assumiu a diretoria de engenharia em 2007.
A Secretaria Estadual dos Transportes informou que a demissão não tem relação com atrasos na entregas das obras. “Não tem qualquer relação com o atraso na entrega do Trecho Sul, uma vez que o mesmo foi aberto ao tráfego com antecipação em relação ao cronograma previsto em contrato (abril/2010). A pista do Trecho Sul não tem problemas de projeto e opera em perfeitas condições de trafegabilidade e de segurança aos usuários”, aponta nota da assessoria de imprensa da pasta. EDUARDO REINA e RENATO MACHADO

Veja no post acima resposta de Paulo Vieira de Souza

Tinhorão, o Legendário

José Ramos Tinhorão, o famoso e polêmico crítico de MPB entre os anos 60 e 80 foi homenageado dia 13 de abril no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, com o lançamento de sua biografia-Tinhorão, o Legendário, (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo) de mais um livro seu, o vigésimo novo, A música popular que surge na era da revolução (Editora 34) e Crítica cheia de graça (Empório do Livro), que reúne vários de seus artigos. 

Em São Paulo, o lançamento da biografia escrita pela jornalista Elizabeth Lorenzotti será no dia 28 de abril, na Livraria da Vila da Rua Fradique Coutinho, 915, em Pinheiros. 

 O IMS recebe seu precioso acervo, em catalogação desde 2001, e vai abri-lo ao público no fim do ano. São cerca de 6,5 mil discos de 76 e 78 rpm, 6 mil discos de 33 rpm, fotos, filmes, scripts de rádio, cartazes, jornais, revistas, rolos de pianola, folhetos de cordel, press releases de gravadoras e uma biblioteca com mais de 14 mil obras especializadas na cultura popular urbana, tema central de toda sua obra.

Por suas contendas com o pessoal da Bossa Nova (que até hoje afirma ser tão brasileira quanto um carro, apenas montado no Brasil), ganhou muitos desafetos. Diz a lenda que Tom Jobim mantinha um vaso da planta tóxica tinhorão na porta de sua casa, onde fazia xixi sempre.

Tinhorão é apelido ganho na redação do extinto Diário Carioca, nos anos 50, quando foi contratado para fazer textos-legenda: daí o apelido de Legendário.

Sua biografia, da jornalista Elizabeth Lorenzotti, lembra que ele é personagem da peça Bonitinha mas ordinária, do amigo e colega de redação Nelson Rodrigues, que o retrata como um conquistador de moças com um carrinho velho. Na livro, há a reprodução do belo Ford esporte 1935, que o biografado fez questão que constasse, garantindo que era esse o automóvel que tinha na época.

De 13 até 16 de abril, o IMS/RJ mostrou um pouco dos biscoitos finos do acervo Tinhorão: os primeiro jornais e folhetos de modinha que se publicaram no Brasil, uma série de fotos raras e inéditas de compositores e cantores como Baiano, Getúlio Marinho, Pixinguinha, entre outros, além de fotos originais de Noel Rosa feitas em estúdio. Os visitantes também poderão conferir discos de samba anteriores ao famoso “Pelo telefone”, de Donga, o primeiro registro fonográfico de Carmen Miranda, “Não vá s’imbora”, e a mais rara gravação de Francisco Alves, “O pé de anjo”.

O livro também recorda o clima das antigas redações, povoadas por inesquecíveis nomes do jornalismo, com os quais conviveu, e fala sobre sua persistente dedicação à pesquisa, que nunca recebeu financiamento. Como acentua Janio de Freitas na contracapa, seu colega e amigo desde o Diário Carioca: “As contribuições de Tinhorão para a música vão além do historiador. Uma curiosidade: quem se encanta com Cartola, Nelson Cavaquinho, Bide e tantos outros, deve-o a Tinhorão, que os foi buscar no esquecimento ou no desconhecimento, feito sempre atribuído a outros”.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Me dá um dinheirinho ai...

Em discurso na quarta-feira, o governador Alberto Goldman quis mostrar intimidade com políticos do PT e aproveitou para passar "um recado" ao presidente Lula. Na inauguração de empreendimento ao lado do Trecho Sul do Rodoanel, Goldman disse que esteve presente nas greves dos metalúrgicos do ABC de 1978 e 1979 (quando ainda militava do PCB) ao lado do hoje prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT). "Eu já era piqueteiro, viu?", disse. Sobre o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o governador afirmou que já desenvolveu trabalho conjunto no ministério quando ocupara o cargo no governo Itamar Franco.

Aproveitou tanta "intimidade" para passar um recado ao presidente Lula, pedindo dinheiro para a construção do Trecho Norte do Rodoanel: "Esperamos até o final do ano, antes que eu saia do governo, deixar pronto o projeto para fazer o Trecho Norte. Fechando, portanto, da Ayrton Senna e Dutra, passando pela Cantareira, com todos os cuidados que você precisa para preservar a Cantareira, para chegar até aonde está começando hoje, que é na Estrada Velha de Campinas (Avenida Raimundo Pereira de Magalhães - início do Trecho Oeste). Com isso fechamos totalmente o Rodoanel. Lá vai precisar de muito recurso, além da obra ser mais cara, o pedágio só do Trecho Norte não paga o volume de obras que nós temos que fazer. Então, eu já vou aproveitar para pedir ao Ministério e ao DNIT, que esse dinheiro que a gente não vai usar no Trecho Leste agora junte com o dinheiro do Norte, imagino que seja em torno de 25%, que é o convênio que nós já temos desses dois trechos. E com isso nós garantimos que o Trecho Norte passa a ser feito pelo próximo governo. O próximo governo do Estado vai poder terminar o Trecho Norte. E a velocidade vai ser a mesma que nós fizemos aqui. Essa obra é recorde, não existe nada semelhante a isso."

O Trecho Norte tem projeto estimado em mais de R$ 5 bilhões.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lula x Goldman no Rodoanel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Alberto Goldman se encontram pela primeira vez em público na inauguração de um centro de logística no início da tarde na Rodovia dos Imigrantes. O condomínio de transporte, um amplo estacionamento para caminhões junto a um centro de distribuição de 60 mil metros quadrados, fica no entrocamento da estrada com o Trecho Sul do Rodoanel, em Diadema. Fora a amistosidade do evento, o encontro promete bom embate eleitoral.

Atualização às 15h50: Lula não foi.

terça-feira, 13 de abril de 2010

PCC na Bolívia

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse em entrevista à imprensa boliviana que o Primeiro Comando da Capital (PCC) atua também na Bolívia. Segundo o periódico La Prensa, Garcia afirmou que  a presença do PCC em território boliviano "é muito ruim" para aquele país. No transcorrer da conversa, o assessor conta que possui informações superficiais sobre o fato, mas "seria de certo modo compreensível (a presença da facção) na medida em que a Bolívia pode ser uma zona de produção (de cocaína). Mas é seguramente uma zona de trânsito, porque também se fala que uma parte das drogas que entra no Brasil é produzida no Peru e passa pela Bolívia".

Voto do presidiário e do menor da Febem

Dos 50 mil presos provisórios do Estado de São Paulo, cerca de 20 mil poderão votar nas eleições de outubro, pois estão abrigados em unidades prisionais consideradas de baixo e médio risco, conforme classificação elaborada pela Secretaria da Administração Penitenciária. Os de alto risco foram excluídos. Os 5,5 mil menores infratores recolhidos na Fundação Casa, ex-Febem, também  poderão votar.

Poderá haver urnas em cerca de 130 estabelecimentos penais, sendo 36 na capital e 94 no interior, incluindo a Fundação Casa. Os juízes e chefes de cartórios eleitorais das 74 zonas eleitorais paulistas envolvidas na implantação do voto do preso provisório e do menor infrator definiram que as seções eleitorais sejam abertas com no mínimo 20 e no máximo 200 eleitores, respeitando-se as peculiaridades de cada local. As mesas receptoras deverão ter quatro mesários.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Engarrafamento pequinês

Para tentar resolver o problema dos intermináveis congestionamentos na cidade de Pequim, a prefeitura local alterou o horário de entrada dos servidores públicos. A partir deste mês, os pequineses vão iniciar a jornada de trabalho meia hora mais tarde, como saída para diminuir o número de veículos nas ruas da capital chinesa nos horários de pico de trânsito. E olha que a frota pequinesa é de 3,5 milhões de veículos, contra mais de 6 milhões da cidade de São Paulo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dava para evitar a tragédia?

O não monitoramento de áreas de risco, a não remoção de casas construídas em terrenos instáveis e a inexistência de cartas geotécnicas são erros acumulados na gestão do crescimento urbano. Aliado a isso, o descaso em relação às características geológicas e geotécnicas dos terrenos ocupados estão na origem das enchentes e deslizamentos no Rio de Janeiro, São Paulo e em outras regiões do País. Estas são as principais conclusões contidas em um documento elaborado pelos principais especialistas brasileiros em estabilidade de encostas. Para "interromper o avassalador fluxo de produção de novas situações de riscos geotécnicos", municípios e Estados precisam adotar um conjunto de cinco medidas urgentes. Essas medidas são apresentadas no documento "Carta às Autoridades", assinado pelo engenheiro geotécnico Jarbas Milititsky, presidente da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), e pelo geólogo Fernando Kertzman, presidente da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE). Os especialistas apontam a necessidade de elaboração de cartas geotécnicas e cartas de riscos, a começar das áreas mais críticas; fazer o monitoramento das áreas de riscos; realizar a remoção de moradias localizadas em pontos instáveis; efetuar a capacitação de técnicos nos municípios e Estados juntamente com o treinamento das comunidades situadas em áreas de risco.

"A elaboração desses documentos cartográficos e de monitoramento demanda alguns meses de trabalho de equipes multidisciplinares, mas seria possível que no início do próximo semestre os municípios mais críticos já tenham esses instrumentos de gestão disponíveis, de modo que as medidas de antecipação ao próximo período chuvoso possam ser implementadas eficientemente. A ausência destes instrumentos faz com que hoje grande parte do esforço e dos recursos despendidos concentre-se nas ações imediatas e emergenciais de atendimento pós-desastre, sobrecarregando os órgãos da Defesa Civil. A prevenção é possível, eficiente e mais barata que a remediação", diz a carta que será aprsentada ao público no dia 16, no Instituto de Engenharia, em São Paulo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vulnerabilidade no Rio

Um projeto do Núcleo de Estudos da População da Unicamp em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou nas duas maiores metrópoles brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, os lugares mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. Relatório preliminar apontou que o ponto mais crítico no Rio de Janeiro está na Lagoa Rodrigo de Freitas e nas regiões próximas das Baías de Guanabara e de Sepetiba, ao passo que em São Paulo está na ocupação do leito dos rios Tietê e Pinheiros.

O aumento da temperatura, constatado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), já começa a dar mostras de que está afetando o Rio de Janeiro. Segundo especialistas, por si esta elevação não seria tão impactante não fosse a sua associação com os eventos de chuva mais intensos e que podem alcançar em cheio as partes mais baixas da cidade. Trata-se de uma situação caótica e já com diversos eventos decorrentes das mudanças naturais. Com o aquecimento global, as mudanças tendem a se intensificar. As chuvas das últimas 24 horas já deixou, até o momento da elaboração desse post, 82 mortos.

As primeiras avaliações tomaram por base paineis realizados pelo grupo, congregando as ideias dos especialistas dos dois Estados e do exterior na área de mudanças climáticas. O Rio de Janeiro já possuía um documento elaborado pelos pesquisadores do Instituto Pereira Passos, da Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura da capital fluminense, que serviu como ponto inicial para situar os vários problemas das mudanças climáticas. Nesse Estado, foi efetuado um levantamento das áreas mais vulneráveis entre a cota 40 cm e 2 metros, notando-se que a elevação do nível do mar se agravaria muito se somada aos eventos de chuva mais intensos.

Essa associação começaria a interferir também em áreas que normalmente não seriam alcançadas. Como o Rio de Janeiro sofreu um processo de ocupação muito intenso e irregular, as áreas de morros e de encostas sofreram com o desmatamento, tornando-se mais sujeitas a desmoronamentos. Isso porque a superfície do solo passou a não contar mais com a proteção da vegetação e, à medida em que ocorrem chuvas mais intensas, também desprendem-se as camadas superficiais do solo, deixando-o mais propício a escorregamentos, por não dispor de um sistema de drenagem adequado.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

TRE barra Luxemburgo

Naufragou a tentativa do técnico Vanderlei Luxemburgo de entrar para a política. Pelo menos para esse ano. O atual treinador do Atlético Mineiro tentou estabelecer domicílio eleitoral na capital de Tocantins, Palmas. Mas o Tribunal Regional Eleitoral do Estado negou a transferência. Luxemburgo perdeu de goleada. Foram 5 votos contra um. Ele requereu sua inscrição como eleitor de Palmas em dezembro de 2008. Mas a juíza da 29ª Zona Eleitoral, Silvana Maria Parfieniuk, indeferiu o pedido porque Luxa não conseguiu comprovar residência há pelo menos três meses na cidade, conforme exigido pela legislação eleitoral.  O endereço apresentado era de um amigo, que também não residia no local Ele era cotado para ser candidato ao Senado.