quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Estado não faz controle adequado da poluição do ar segundo 32% dos paulistanos

O paulistano está cada vez mais preocupado com o nível de poluição do ar na cidade. A quarta edição da pesquisa de percepção sobre mobilidade urbana feita pelo Ibope para o Movimento Nossa São Paulo mostra que 61% dos entrevistados consideram a poluição do ar um problema muito grave e 35% consideram grave.
Os dados da pesquisa ainda estão sendo tabulados. As entrevistas foram realizadas  entre 24 e 29 de agosto com moradores de todas as regiões de São Paulo. Preocupados com uma vida melhor, 81% apontam que a poluição do ar afeta muito a qualidade de vida da família e de pessoas próximas.
E basta o tempo ficar mais seco para que a sujeira comece a aparecer no céu da capital e a saúde da população começa a dar sinais alarmantes de intoxicação. Um terço da população pede que seja feito um controle maior e melhor da poluição do ar. Há 32% que se mostram totalmente insatisfeitos com o controle da poluição do ar feito hoje pelas autoridades. Já 36% estão totalmente insatisfeitos com a qualidade do ar.
Entre todos os tipos de poluição – ar, água, sonora e visual – a do ar é considerada por  79% dos entrevistados como a mais grave em São Paulo.
A pesquisa será divulgada no dia 16 de setembro, Dia Mundial Sem Carro 2010. Esta será a quarta edição do levantamento que aborda diversos aspectos sobre a locomoção na cidade, como o tempo de deslocamento gasto para realizar atividades do dia a dia, avaliação do transporte público, os tipos de meio de transporte mais usados entre outros.

2 comentários:

Fumaça disse...

O ar ainda vai piorar. Segundo notícia divulgada esta semana aqui no estadao, a ANP autorizou a volta do diesel S-500 que emite 500 partes de enxofre por milhão. É muito mais poluente que o S-50 que estava abastecendo os ônibus paulistanos e contribuindo para melhorar o ar. S-10 com na europa, nem pensar. A Petrobrás precisa desovar seu estoque de diesel sujo.

Carlos Angelo disse...

A cada inversão térmica o número de óbitos de idosos e crianças era de 82 acima da média, em pesquisa de 1991 realizada pela ABRACE - Associação Brasileira das Comunidades Ecológicas. Isso provocado pela poluição do ar. Hoje, passados 19 anos deste relatório, o número de mortes é ainda maior. Nada foi feito para conter os poluentes lançados na atmosfera. Se você tem mais da 45 anos é uma das pessoas que poderão ser vítima na próxima inversão térmica. Se tem alguma criança com até 8 anos em sua casa, lamentavelmente ela também poderá virar estatística a qualquer momento se viver em cidades com mais de cem mil habitantes. As poucas pessoas que se dedicavam à procura de soluções para a complicada questão ambiental urbana, por falta de incentivo dos diferentes setores da sociedade - autoridades e empresários - deixaram suas pesquisas de lado e também passaram a se dedicar a outros temas e se engajaram em outras frentes de lutas. Sendo assim, as mortes continuarão e quem pode dizer quais vítimas serão pranteadas na próxima inversão térmica? Você? Eu? O Eduardo?